Review

Mediterranean viticulture in the context of climate change

Viticultura mediterrânica num contexto de alterações climáticas

Centre for the Research and Technology of Agro-environmental and Biological Sciences, CITAB, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, UTAD, 5000-801 Vila Real, Portugal

^* Corresponding author: Tel.: +3519328590479; email: liatdinis@utad.pt

Received: 9 September 2022
Accepted: 17 October 2022

Abstract

The exposure of viticulture to climate change and extreme weather conditions makes the winemaking sector particularly vulnerable, being one of its major challenges in the current century. While grapevine is considered a highly tolerant crop to several abiotic stresses, Mediterranean areas are frequently affected by adverse environmental factors, namely water scarcity, heat and high irradiance, and are especially vulnerable to climate change. Due to the high socio-economic value of this sector in Europe, the study of adaptation strategies to mitigate the negative climate change impacts are of main importance for its sustainability and competitiveness. Adaptation strategies include all the set of actions and processes that can be performed in response to climate change. It is crucial to improve agronomic strategies to offset the loss of productivity and likely changes in production and fruit quality. It is important to look for new insights concerning response mechanisms to these stresses to advance with more effective and precise measures. These measures should be adjusted to local terroirs and regional climate change projections for the sustainable development of the winemaking sector. This review describes the direct climate change impacts (on phenology, physiology, yield and berry quality), risks, and uncertainties for Mediterranean viticulture, as well as a set of canopy, soil and water management practices that winegrowers can use to adapt their vines to warmer and drier conditions.

Resumo

A exposição da viticultura às alterações climáticas e a eventos meteorológicos extremos torna o setor vitivinícola particularmente vulnerável, sendo um dos seus maiores desafios no presente século. Apesar da vinha ser considerada uma cultura tolerante a vários stresses abióticos, as áreas mediterrânicas são frequentemente afetadas por fatores ambientais adversos, nomeadamente escassez de água, elevado calor e elevada radiação, tornando-as especialmente vulnerável às alterações climáticas. Devido ao elevado valor socioeconómico que o setor representa na Europa, o estudo de estratégias de adaptação para mitigar os impactos negativos das alterações climáticas são fundamentais para a sua sustentabilidade e competitividade. As estratégias de adaptação incluem todo o conjunto de ações e processos que podem ser realizados em resposta às alterações climáticas. É fundamental melhorar as estratégias agronómicas para compensar a perda de produtividade e as prováveis mudanças na produção e na qualidade da uva. Para avançar com medidas mais efetivas e precisas, é importante encontrar novas perceções sobre os mecanismos de resposta a esses stresses. Essas medidas devem ser ajustadas aos terroirs locais e às projeções regionais das alterações climáticas para o desenvolvimento sustentável do setor vitivinícola. Esta revisão descreve os impactos diretos das alterações climáticas na viticultura Mediterrânica (fenologia, fisiologia, produção e qualidade da uva), riscos associados e incertezas futuras, assim como um conjunto de práticas de gestão da canópia, solo e água que os viticultores podem usar para adaptar as videiras a condições mais quentes e secas.